Ano novo começou e eu fiquei vendo de longe pessoas falarem em planos, reprogramação e vida nova. Fiquei só olhando, curiosa e um pouquinho cética; há muito eu não era dessas pessoas que fazem balanço do ano que passou, que ficam refletindo e fazendo planos, pelo menos não na virada - para mim, todo dia é dia de recomeçar. Tenho 24 horas para mudar minha vida e, ao final do dia, o cronômetro zera - e, no dia seguinte, lá vamos nós de novo.
Só que aí comecei a refletir sobre quanta coisa havia mudado em minha vida. E que eu já tinha bagagem suficiente para refletir sobre planos a longo prazo. E maturidade para podar os ramos desnecessários que ofuscassem a minha visão do mundo. Percebi que eu já tenho cabeça para simplificar as coisas. Para construir planos que funcionam, que têm viabilidade.
Janeiro começou e me bateu uma descarga energética - e me pus a fazer todas aquelas perguntas existencialistas de sempre: o que espero da vida, para quando espero e como posso chegar lá. O que, quando e como.