sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sobre ser sem sal...


Estava vendo um tópico muito interessante no Buzzfeed: "O que aconteceu quando eu fiz tudo o que uma página popular do Pinterest mandava".

É sobre uma moça que curte o Pinterest, que sempre o defendeu de rótulos negativos - e que resolveu inserir dicas populares do Pinterest em sua vida por uma semana para ver como se saía, para ver se a página era realmente digna de sua defesa ou dos rótulos negativos que recebia. Ela soa como a mais normal dentre as mortais e enfatiza que seu tempo livre não é muito, já que trabalha em tempo integral. Pelo título da matéria, a gente já vê que muita coisa não saiu tão perfeita quanto as dicas do Pinterest prometeram, mas houve bons (e raros) resultados. Ou seja: 90% do que ela tentou fazer deu errado, mas alguma coisa foi, para a moça, uma descoberta interessante e útil para a vida.


Para quem ainda não sabe, o Pinterest é basicamente um site de imagens fofas que você curte e compartilha. Nele, é tudo muito poliana, parece uma espécie de Wonderland. E algumas postagens são imagens cúti-cúti com dicas para o dia-a-dia, listadas em passos e com promessas de simplificar nossa vida ou de nos inspirar.

Achei muito legal o relato dessa moça, a Rachel Miller, e, como de praxe, fui ver os comentários no Buzzfeed sobre o post. Alguns acharam bacana a iniciativa, o esforço em demonstrar (e não só em teorizar) como não dá para levar a sério o mundo das imagens perfeitas de páginas de internet, enquanto o outro lado achou a coisa toda boba, já que a moça teria tentado pela primeira vez fazer coisas com uma perfeição que só se obtém com mais tentativas, com mais empenho. Basicamente, ela teria banalizado algo que só se consegue com esforço.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Vício musical




Já falei que tem aquela música que, por acaso, você encontra e ela simplesmente encaixa. Aquela música que, com a freqüência de suas notas se propagando no ar, abre portais e te leva para tempos longínquos...

Eu sempre escuto até cansar essas músicas, mas desta vez estou indo por doses homeopáticas. A Gabi Barbosa, dona de um dos meus blogs preferidos - o Teoria Criativa -, elogiou bastante a dupla First Aid Kit, mas eu nem me identifiquei muito com nenhuma música que ela postou, o que é normal. Mas gostei do estilo, insisti e procurei outras músicas dessa dupla no youtube.



Essas meninas são duas irmãs de origem sueca que resgatam com seu trabalho a influência escandinava e produzem um estilo country com uma forte presença folk. Na realidade, acho que esses rótulos não ajudam em nada, por mais que eu tenha uma noção do que significa cada uma dessas classificações - só ouvindo mesmo para entender. Ouvindo e sentindo.

Eu tô numa época de preferir vocais femininos, o que não é comum. Sempre optei pelos masculinos... ou pelos andróginos. Tenho ouvido bastante Florence, Faun, Altan, Amanda Palmer... e agora First Aid Kit.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

11 coisas para fazer sem facebook! #2

É, eu sei. Acho que passei os últimos dias fazendo parte dessa lista. E até que tenho ido melhor do que pensei, viu? :D

Então, mais um pouco, para inspirar: mais 11 coisas para fazer antes de entrar no facebook.

12. Refletir.


Talvez não seja um bom item para quem pensa muito antes de agir, mas ainda é válido - porque não envolve mais reincidir em padrões de comportamento já viciados e fadados ao erro, mas buscar enumerar esses padrões e refletir sobre eles. Refletir. Refletir sem buscar aprovação, sem necessariamente sair falando para todo o mundo ver. Refletir como um processo interno que se auto-satisfaz. Refletir, não buscar aceitação. Aceitar essa solidão.

Em casa.

No ônibus.

No intervalo.

Em vez de buscar vertiginosamente o contato pelo whatsapp e ter essa meganecessidade de falar com alguém (olá, Admirável Mundo Novo!), parar um pouco e pensar. Sem o desespero da solidão. É saudável. É quando se cria, é quando se constrói estratégias de mudança.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

11 coisas para fazer sem facebook #1


Férias. Angústia neurótica. Angústia de liberdade.

Não vou me delongar sobre o que exatamente sinto nessas horas; apenas que férias é um tempo de descanso e de reflexão. Na realidade, se for para radicalizar, todo momento é um bom momento para se refletir, mas não vou ditar regra sobre o que eu mesma não tenho feito, vou? Férias possuem a propriedade de te liberar para pensar sem o limite dos afazeres cotidianos, e por isso são tão especiais e necessárias. Não é só descanso, entendem: é tempo de renovação. 

Algumas pessoas consideram angustiante - a tal angústia de liberdade. Quando a coisa que você faz se torna tão parte de você que, sem esse trabalho, você não é nada. E, como disse uma vez, nem sempre essa coisa que te preenche é boa - pode ser um tumor, um câncer psicológico, como um emprego que não satisfaz, um cotidiano infeliz. Mas, se você agüenta, a coisa te preenche, só que também tortura.

Então vêm as férias - elas te libertam, por algum tempo, daquilo que te prende. Use com sabedoria.

Uma das providências que tomei foi não entrar no facebook. Já perceberam o tempo que perdemos com facebook? Certo, você pode ser justamente aquela pessoa de coração hipster que não gosta de facebook; provavelmente não tem conta nele e tem sobrevivido muito bem assim enquanto insiste para pessoas te enviarem coisas importantes pelo defasado e-mail - e fica morrendo de raiva quando coisas importantes são compartilhadas somente em grupos facebookianos, o que te exclui do circuito. Também você pode ser aquela pessoa que tem conta no facebook justamente por causa desses grupos de trabalho ou de estudos, entra nele cinco minutos por dia para checar as atualizações nesses grupos e sai com toda a tranqüilidade do mundo; daí dá aquele sorriso jocoso para quem fica o dia inteiro no face postando groselha e diz "não entendo quem perde tempo com isso, facebook é uma droga".