É, eu sei. Acho que passei os últimos dias fazendo parte dessa lista. E até que tenho ido melhor do que pensei, viu? :D
Então, mais um pouco, para inspirar: mais 11 coisas para fazer antes de entrar no facebook.
12. Refletir.
Então, mais um pouco, para inspirar: mais 11 coisas para fazer antes de entrar no facebook.
12. Refletir.
Talvez não seja um bom item para quem pensa muito antes de agir, mas ainda é válido - porque não envolve mais reincidir em padrões de comportamento já viciados e fadados ao erro, mas buscar enumerar esses padrões e refletir sobre eles. Refletir. Refletir sem buscar aprovação, sem necessariamente sair falando para todo o mundo ver. Refletir como um processo interno que se auto-satisfaz. Refletir, não buscar aceitação. Aceitar essa solidão.
Em casa.
No ônibus.
No intervalo.
Em vez de buscar vertiginosamente o contato pelo whatsapp e ter essa meganecessidade de falar com alguém (olá, Admirável Mundo Novo!), parar um pouco e pensar. Sem o desespero da solidão. É saudável. É quando se cria, é quando se constrói estratégias de mudança.
Eu não costumo postar muita coisa minha no facebook, mas acabo fazendo isso - do jeito mais impessoal possível, mas acaba sendo algo pessoal assim mesmo. Depois de um tempo, vira um vício essa eterna necessidade de contar para alguém o que se está fazendo, e não falo necessariamente de atividades triviais.
Falo de coisas legais que descobrimos e, felizes, morremos de vontade de olhar para o lado e contar para alguém! Algo que estamos fazendo no momento, algo importante. O facebook e outras mídias ampliam essa necessidade.
Hoje, mesmo, na televisão, eu vi uma propaganda de celular que mostrava o cara tirando foto de um peixe dentro da água. A princípio, era para mostrar que a tecnologia agora permitiria tirar fotos submersas sem estragar o aparelho, mas, ei, isso já não é ridículo? Você vê um peixe e rapidinho enfia o celular na água e fotografa?
Então é isso. Se temos uma conexão boa, postamos. Se temos uma câmera boa, fotografamos e compartilhamos.
Eu sei que é estranho falar isso num BLOG, mas expressei claramente a diferença picareta que vejo entre elaborar esse tipo de coisa num blog e postar em dois minutos numa rede social mais dinâmica.
O negócio é que refletir meio que ajuda a gente a parar de fazer isso, sabem? Esperar um pouco antes de compartilhar o que provavelmente interessa mil vezes mais a nós do que ao amiguinho é saudável porque rompe essa dependência da visualização alheia. De repente, algo se torna divertido mesmo que ninguém saiba o que você está fazendo. O que é ótimo porque o que você faz preenche você, faz com que você se conecte a você, então só você pode realmente entender a importância de tudo isso.
Os outros ficarão felizes por você, mas eles também estarão ocupados com coisas que os preenchem. Mas vão ser legais com você. Se esses "outros" forem amigos próximos.
Agora, o pessoal do facebook está genuinamente pouco se importando. Mas não que não gostem de você. É só que a vida é curta para a gente dar a atenção necessária a cada acontecimento feliz que preenche a vida feliz de uma pessoa feliz que conhecemos - haja saco para isso tudo.
Eu não costumo postar muita coisa minha no facebook, mas acabo fazendo isso - do jeito mais impessoal possível, mas acaba sendo algo pessoal assim mesmo. Depois de um tempo, vira um vício essa eterna necessidade de contar para alguém o que se está fazendo, e não falo necessariamente de atividades triviais.
Falo de coisas legais que descobrimos e, felizes, morremos de vontade de olhar para o lado e contar para alguém! Algo que estamos fazendo no momento, algo importante. O facebook e outras mídias ampliam essa necessidade.
Hoje, mesmo, na televisão, eu vi uma propaganda de celular que mostrava o cara tirando foto de um peixe dentro da água. A princípio, era para mostrar que a tecnologia agora permitiria tirar fotos submersas sem estragar o aparelho, mas, ei, isso já não é ridículo? Você vê um peixe e rapidinho enfia o celular na água e fotografa?
Então é isso. Se temos uma conexão boa, postamos. Se temos uma câmera boa, fotografamos e compartilhamos.
Eu sei que é estranho falar isso num BLOG, mas expressei claramente a diferença picareta que vejo entre elaborar esse tipo de coisa num blog e postar em dois minutos numa rede social mais dinâmica.
O negócio é que refletir meio que ajuda a gente a parar de fazer isso, sabem? Esperar um pouco antes de compartilhar o que provavelmente interessa mil vezes mais a nós do que ao amiguinho é saudável porque rompe essa dependência da visualização alheia. De repente, algo se torna divertido mesmo que ninguém saiba o que você está fazendo. O que é ótimo porque o que você faz preenche você, faz com que você se conecte a você, então só você pode realmente entender a importância de tudo isso.
Os outros ficarão felizes por você, mas eles também estarão ocupados com coisas que os preenchem. Mas vão ser legais com você. Se esses "outros" forem amigos próximos.
Agora, o pessoal do facebook está genuinamente pouco se importando. Mas não que não gostem de você. É só que a vida é curta para a gente dar a atenção necessária a cada acontecimento feliz que preenche a vida feliz de uma pessoa feliz que conhecemos - haja saco para isso tudo.
13. Ouvir música.
Talvez não tenha acontecido um dia em que eu não tenha entrado no ônibus sem me deparar com pelo menos três pessoas ouvindo música. Item desnecessário, certo? Aparentemente, sim.
Para mim, é necessário porque é algo de que me esqueço de fazer e que me ajuda a relaxar. Fora que é uma forma de se expressar - o processo de escolher aquilo que te atrai.
14. Brincar com animais.
Em vez de procurar vídeos sobre eles. Eles existem. Talvez você já tenha algum na sua casa.
Alguns gostariam de ser adotados. Estão vivos, por aí; você pode até pensar neles apenas como um aglutinado celular que emite respostas a partir de níveis de serotonina, dopamina e endorfina, mas, para mim, isso é uma mera linguagem de algo ainda mais plural, que é o amor.
*Música brega ao fundo*
15. Ter plantas.
Isso já está ficando hippie, mas ok. Eu gosto de plantas e estou tentando me lembrar de sempre regá-las, mas quando você se disciplina e se apega a elas, é muito bom. Principalmente se você tiver um pezinho no misticismo e achar que elas, de alguma forma meta-racional, podem entender das coisas. É, é o que importa.
Assim, sair da caixinha pragmática que coloca a plantinha apenas como parte do cenário, e não como protagonista. Acredito fortemente nela como protagonista.
Óbvio que, ao perceber as coisas dessa forma, não estou sugerindo uma insurreição contra os ideais veganos. Mas talvez seja mais alguma coisa para se fazer antes de se entrar no facebook...
Assim, sair da caixinha pragmática que coloca a plantinha apenas como parte do cenário, e não como protagonista. Acredito fortemente nela como protagonista.
Óbvio que, ao perceber as coisas dessa forma, não estou sugerindo uma insurreição contra os ideais veganos. Mas talvez seja mais alguma coisa para se fazer antes de se entrar no facebook...
16. Conversar com quem você ama.
Conversar. Não só "nossa, você está bonita hoje" ou "nossa, que roupa legal" ou "oi" (olá, Fahrenheit 451!).
Conversar, trocar idéia. Eu sei que a gente tem no coração gente que mora longe também, mas se você não estiver perto de NENHUMA pessoa que você ame, por favor, faça as malas e fique perto de ao menos uma delas.
Não, você também pode ser o lobo solitário - então, nesse caso, skype. Visitas. Somos humanos. Troque realmente idéia, sem pressa. Dar um pontapé naquele estresse, aquele sentimento de urgência, e aproveitar o momento. E conversar. Quando é com quem você ama, o interesse é real e sincero de estar ali, de participar daquela troca de mundos - um portal ali é aberto entre multiversos, e um pouco do seu multiverso escapa para o do outro, e vice-versa.
17. Arrumar suas coisas.
Para quem tem mania de organização, esse item já está riscado, mas não é o meu caso. O negócio é que fugir do asseamento também é apenas uma desculpa, um excesso - ou uma falta. Temos coisas, acumulamos coisas, sedentários que somos, por isso é bom revisitá-las, ver o que é realmente necessário e organizar. Desorganização e acúmulo são excessos, e excessos sufocam. Saiba de cor (by heart) tudo o que você tem - é um bom exercício de memória e um jeito de não acumular coisas. Se você perde noção de que tem algo, é porque é um excesso e já não é mais necessário. E talvez seja necessário a outro, o que nos leva ao próximo item.
18. Separar objetos para doar.
Doar coisas não é descartar coisas. Doar coisas é pegar coisas que você mesmo usaria, se nelas estivesse interessado - coisas inteiras, coisas bonitas, coisas boas - e dar para alguém que queira, que vá fazer algum uso que você não faz. Se estiver feio ou estragado, meu amigo, ou você conserta ou manda para o lixo. Ou até dê, mas só se alguém der uma olhada e disser "se você me der, conheço alguém que pode consertar, posso ficar com isso?"
Mas nada de boneco faltando perna e blusa sem botão na caixa para doação. Uma vez, ouvi a frase "a melhor coisa para se dar é aquilo de que você realmente gosta e tem que se esforçar para se desapegar - como aquela blusa preferida". Se você, como eu, ainda não chegou na fase de dar algo que você usa muito e de que gosta bastante, então pelo menos dê algo que seja tão bom quanto, mas que não atraia seus olhos consumistas e apegados.
Como aquela roupa que você comprou, tá nova e nunca usou.
19. Reformar algum lugar usado por você.
Se você não mora em um barco nos mares caribenhos que constantemente aporta em praias paradisíacas, onde você escreve seus romances enquanto toma um café com rum, baunilha e açúcar mascavo, então talvez trabalhe ou estude em um lugar menos romântico, mas não necessariamente menos agradável. Então use. É que nem o tópico de aproveitar o que sua cidade oferece.
Modifique o lugar para que fique mais agradável. Escolha com carinho os instrumentos de trabalho.
Não adie uma vida prazerosa. Acho muito legal esse tipo de coisa, isso de você melhorar tudo o que você utiliza no cotidiano. Por vezes, inventamos coisas legais para nós mesmos em situações raras, mas não valorizamos o que fazemos no dia-a-dia.
Melhoremos!
Preste atenção em tudo o que você usa no dia-a-dia, no trabalho, na escola, em casa, e melhore justamente porque você usa muito! Faça da sua vida a sua cara.
Não adie uma vida prazerosa. Acho muito legal esse tipo de coisa, isso de você melhorar tudo o que você utiliza no cotidiano. Por vezes, inventamos coisas legais para nós mesmos em situações raras, mas não valorizamos o que fazemos no dia-a-dia.
Melhoremos!
Preste atenção em tudo o que você usa no dia-a-dia, no trabalho, na escola, em casa, e melhore justamente porque você usa muito! Faça da sua vida a sua cara.
Talvez não seja possível viajar agora, mas não deixe para planejar quando um dia puder - você nunca vai poder da maneira ideal, então use o que tiver no mundo real, porque é no mundo real que as coisas acontecem.
Acho que seria injusto eu aconselhar a fazer uma viagem a todo custo, mesmo sem dinheiro ou emprego porque não é bem o que eu faria - seria muito hipócrita sair pregando a liberdade total. Mas também não dá pra ficar adiando - o presente é o tempo que nós temos para agir, então não faz sentido deixar para depois, ele é tudo o que realmente temos.
Danuza Leão já dizia que acha um crime ir para Portugal sem ter lido Eça de Queirós. Como nunca fui, não vou bem discordar, mas adapto o conselho para algo mais personalizado: personalize sua viagem! Faça com que seja algo seu, onde você procurará o que quiser. Se você for aquela pessoa livre que só precisa sair do seu canto, com a roupa do corpo, e chegar acontecendo, beleza; se não, organize o que quer ver sem muitas neuras. Se quiser se comunicar melhor, aprenda a língua; se quiser visitar alguns lugares, veja algo a respeito antecipadamente. Personalize a coisa.
É, sonhos existem. E estão, bem como monstros e criaturas infernais, à espreita de uma brecha no portal para chegarem à realidade - só que talvez sejam um pouco mais legais. Abra esse portal.
O legal de refletir é que planejar um sonho se torna algo direto, possível, matemático, preciso. Se você senta e desenha, então a coisa aparece. Ela cria forma.
22. Sonhar.
Como se fosse criança, como se fosse a primeira vez. Tentar recuperar o fascínio do começo da vida.
Escolher para onde ir.
Escolher para onde ir.
Certo, talvez nem sempre as coisas transcorram às mil maravilhas...
Mas é um bom começo.
Antes de postar a segunda parte da lista, eu resolvi reler o que havia escrito na primeira - há treze dias. E me surpreendi: havia esquecido completamente a introdução do post, o marasmo, o desânimo, a tal "angústia de liberdade". É verdade que sempre a sinto, mas diminuiu tão consideravelmente que havia realmente me esquecido disso tudo. Do quão ranzinza estava.
Isso porque, meio sem querer, meio sem querer querendo, eu realmente estive fora fazendo algumas coisas, creio que umas quinze da lista, pelas minhas contas (!!!). Certo, não realmente completas, mas comecei.
Entrei o mínimo possível no facebook, inclusive fiquei completamente off no final de semana. E fui cuidar de outras coisas, e as fiz. E senti algumas mudanças acontecerem.
Importante: comecei a me exercitar fisicamente. Um antidepressivo natural.
[Não, nada de academias.]
Entrei no facebook hoje: estava do mesmo jeito, as mesmas postagens, as mesmas brincadeiras, as mesmas páginas. Entrei em outras páginas rapidamente. Sigo uma penca de blogs, gosto de ver atualizações.
Só que, em vez de vê-las, fui direito para cá, postar. Algo como uma descarga de saco cheio de contemplar o que é dos outros; em vez disso, preferi produzir.
De alguma forma, está funcionando. :D
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