Hoje foi um domingo restaurador. Digo isso porque, por mais que eu me recuse a estudar aos finais de semana, há sempre algo pendente a ser feito que não seja apenas no campo dos estudos acadêmicos.
Bom, hoje eu descansei muito, e pretendo descansar mais um pouquinho no feriado. Descansei o corpo, a mente e dei asas à preguiça: fiquei zanzando enrolada em um cobertor tomando café da manhã o dia inteiro e cochilando nesse dia frio e cinzento. Delícia, delícia! *-*
Basicamente, hoje quero falar sobre os dois recentes itens agregados ao meu inventário nerd - para não dizer vícios - aos quais me entreguei nos últimos tempos.
Um deles é um jogo chamado "The Typing Of The Dead". Quem me conhece não poderia esperar algo diferente de zumbis - eu simplesmente adoro eles, faltando apenas um pompom para eu balançar enquanto solto um grito histérico idêntico ao das fãs de "Crepúsculo". Eu simplesmente adoro a pauta sobre zumbis e o "Dia Z", mas não, não quero que o dia Z chegue - apenas adoro as pautas sobre sobrevivência e possuo um conhecimento geek sobre o tema.
Na verdade, 99,9% dos jovens que ficam clamando pelo apocalipse zumbi não sobreviveriam a ele nem nas três primeiras horas de epidemia. Ok, vamos aumentar a expectativa de vida considerando o fato de todos serem anti-sociais e estarem em suas respectivas casas quando a crise estourar: três dias. Ou melhor, o tempo em que restar comida na geladeira porque na hora de sair para buscar mais é que o bicho pega.
Na verdade, 99,9% dos jovens que ficam clamando pelo apocalipse zumbi não sobreviveriam a ele nem nas três primeiras horas de epidemia. Ok, vamos aumentar a expectativa de vida considerando o fato de todos serem anti-sociais e estarem em suas respectivas casas quando a crise estourar: três dias. Ou melhor, o tempo em que restar comida na geladeira porque na hora de sair para buscar mais é que o bicho pega.
Na realidade, nos testes mais sérios que fiz de sobrevivência no campo porque isso é um assunto muito sério, meu conhecimento compensou meu despreparo físico, então me saí razoavelmente para uma civil com tendência ao sedentarismo.
The Typing Of The Dead (TTOTD) eu conheci através do namorado, que estava vendo um vídeo no youtube de um cara que jogava, e me interessei logo pela jogabilidade (hummmm, gamer!) que, somada ao cenário, constituiu meu primeiro vício jogabilístico.
Constituiu nada, não fico nem trinta minutos jogando esse trem sem enjoar. Vou morrer sem ser uma gamer de verdade. Fim.
Mas, voltando à jogabilidade: pelo que entendi, esse termo é sobre o modo como se joga, o instrumento que você utiliza para se manter no jogo. No caso, TTOTD basicamente é um jogo raso em conteúdo, com uma cidade cheia de monstros muito parecidos com os de Resident Evil e Silent Hill, oriundos de uma experiência realizada por um doutor malvado e você precisa matar os que estão no seu caminho e chegar ao vilão master, que é o doutor.
Eu ainda não cheguei ao doutor, falta uma fase.
Os gráficos são inteligíveis, lembram os de jogos Playstation 1, então não é lá a perfeição, e a dublagem é digna de filme trash.
E é engraçado por isso: os diálogos são clichês e tudo é uma paródia dos clichês de temas relacionados a ficção científica e "Biohazard" (perigo biológico).
Mas o que me chamou a atenção não foi só isso; apesar desse cenário ser muito querido, o que AMEI e me fez querer esse jogo foi o modo de jogar: você não precisa andar, isso é automático; a tela se desloca em primeira pessoa, te levando aos lugares, de forma que cabe a você apenas matar os bichos. E o modo de matar é que adorei: cada inimigo vem com uma legenda que contém letras, palavras expressões ou frases (tudo aleatório), e você precisa digitar o que está escrito na legenda para atirar; cada caractere equivale a um tiro, então você vai atirando à medida que completa a frase.
Isso mesmo, cada bichinho vem com algo escrito que você digita para matá-lo. Agora deu para entender o nome do jogo, certo?
Claro que o nível de aleatoriedade não é burro: você não vai encontrar apenas uma letrinha ou uma palavra só para derrotar o Boss - serão sempre frases randomizadas, mas frases.
Claro que o nível de aleatoriedade não é burro: você não vai encontrar apenas uma letrinha ou uma palavra só para derrotar o Boss - serão sempre frases randomizadas, mas frases.
E um detalhe no qual eu, mais desatenta que um coala sonolento, demorei umas duas fases para notar, foi que as armas que o protagonista e os seus dois amigos usam não são bem os tradicionais rifles e pistolas com munição e bandoleira: são teclados presos por uma alça ao redor do pescoço! O cara literalmente TECLA para matar os inimigos - nerd level: EXTREME.
Se o jogo fosse em português, digo que teria zerado em dois tempos; mas meu nível em inglês ainda não é dos mais altos, então eu tive maior dificuldade.
E as legendas são muito, muito legais e aleatórias, e eu racho de rir enquanto jogo! São coisas como "I'm your mother", "Crazy", "I'll be back", "Woman troubles", "Blame Canada" e até mesmo frases grandes que não decorei porque... bom, eu já disse que meu inglês não é bom? Eu estava muito ocupada matando os monstros.
Houve um momento sensacional em que apareceu uma horda de zumbis com os dizeres "Atomismo", "Darwinismo", "Determinismo", "Reducionismo", "Positivismo", "Mecanicismo", e eu me lembrei de um trabalho de filosofia que fiz em sala que consistia em definir esses termos.
Digitar frases aleatórias para enfrentar um apocalipse zumbi = diversão garantida.
Sério, isso é tão engraçado quanto um Easter Egg!
Eu esqueci o nome de todos eles, mas não deixam de ser os fiéis amigos do meu franco-atirador.
Segurando a onda com seu teclado letal.
Pensei em começar a jogar agora em vez de terminar esse post, mas já decidi que vou é me dedicar à atividade que é o segundo tema deste post.
Falo de Dr. Who.
Dr. Who é um seriado que me chamou a atenção pelos pôsteres LINDOS que tenho visto na internet e uns poucos comentários depreciativos de pessoas que falam que não passa de um seriado hipster superestimado demais.
Essa segunda parte só aumentou a vontade de ver, sério.
Ou você acha que a Apple perdeu a qualidade porque virou "marca de hipster"?
Eu tenho uma lista invisível de seriados para ver, mas tive de equiparar este ao Game of Thrones em status quando vi no facebook uma montagem com a foto de um casal ao lado do Doc Brown e da Clara (Back To The Future III, aquela namorada dele que curte Júlio Verne); aparentemente, a mocinha ao lado do "Dr. Who" também se chamava Clara.
Tive que conferir a série, apenas isso. O negócio é britânico, os pôsteres são muito legais, a história é sobre viagem ao tempo e foi comparada (capengamente) a uma das melhores trilogias cinematográficas de todos os tempos. Preciso falar mais?
Dr. Who é um seriado que começou em 1963, durou décadas até 1989, e passou por um hiatus antes de voltar a ser produzido nos anos 2000. Após idas e vindas, o fato é que o projeto foi retomado em 2005. Se não me engano, cerca de 11 atores interpretaram o Doctor, o que explica por que eu vi dois atores diferentes nos pôsteres.
Normalmente, o fato de um personagem tão querido receber tantos rostos é motivo de ódio com direito a linchamento em praça pública, mas não é o caso: por alguma razão que só quem acompanha o seriado compreende, todos os Doctors são adorados, em maior ou menor grau, e cada um tem sua particularidade que desperta saudade e uma forte nostalgia entre os fãs.
E o seriado é, ao mesmo tempo, tosco e fenomenal. Sim.
Os efeitos especiais são até engolíveis, porém duvidosos, e a história é basicamente sobre viagem ao tempo e alienígenas, sendo o próprio Doctor (Who?) um extraterrestre. Os diálogos são lineares e imprevisíveis no seguinte sentido: o primeiro interlocutor fala de um assunto "a", o segundo responde entrando sem cerimônias no "b", o primeiro responde com "c" e juntos concluem um assunto "d" sem sequer mencionar os outros. Existe uma oscilação entre superficialidade e profundidade, o que significa que você está numa boa no sofá, vendo um bando de alienígenas interagindo, até que alguém - normalmente o Doctor, mas pode ser qualquer um - solta um pensamento simplesmente FODA, de uma profundidade incrível proferida de forma inocente. Então existe essa oscilação entre a seriedade e a brincadeira, a sabedoria anciã e a inocência infantil, tudo permeado com o humor britânico - na minha opinião, o melhor.
Aliás, acho que estranhei o jeito desse seriado por ser muito britânico, ao contrário dos meus preferidos - Bones, House, Fringe, Friends -, que são estadunidenses. Estranhei e AMEI, já que adoro coisas britânicas.
Dr. Who é uma série famosa e premiada, faz parte da cultura pop britânica, e o seu principal ícone é a máquina do tempo TARDIS que, por fora, é uma cabine de polícia dos anos 60.
Outro dia, meu namorado estava jogando Fallout 1 quando, do nada, o personagem dele encontrou uma cabine de polícia azul que desapareceu sem aviso - uma clara referência ao seriado.
Em algum lugar do cenário pós-apocalíptico de Fallout, Doctor e seus amigos estavam aprontando altas confusões e vivendo uma aventura irada. Pense nisso.
Eu me apaixonei. Comecei pela série atual, que começou em 2005 e que espero ainda estar no ar. O Doctor nela é o Christopher Eccleston, que foi substituído pelo David Tennant na temporada seguinte; qualquer pottermaníaco reconhece no último o Bartô Crouch Jr. da série Harry Potter.
Eu pelo menos reconheci logo que bati o olho.
E agora deixo algumas das imagens que me deixaram encantada o suficiente para ver a série:
Eis o Bartô Jr.
Por hoje é isso... se você gosta de viajar na batatinha ao som de um galante sotaque britânico, esse é o seriado perfeito! :D
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