segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Orgulho & Preconceito - 2005 e 1980




Fim de semana, uma tarde de sábado e um domingo inteirinho de folga, e o que eu faço?

(  ) Começo a ler os textos da faculdade para me manter em dia.
(  ) Faço um calendário de trabalhos e provas.
(  ) Vejo "Disgrace" para o trabalho de Psicanálise. 
(  ) Leio o que resta do livro do Desafio "Um Livro Por Semana".
(  ) Escrevo minhas histórias.
(  ) Vou para a Lua e volto.
(X) Eu me jogo no sofá e vou ver "Orgulho & Preconceito".

Sim, o que eu fiz no meu primeiro tempo livre desde o início das aulas foi justamente correr para o sofá e ver a versão de 2005 do filme. Hoje eu quis rever, mas acabei encontrando a dos anos 80, e estou bem no meio.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Psiconuts



Sim, as aulas voltaram, e hoje eu tive um daqueles dias longos de aula, embora ainda estejamos no comecinho do semestre. Comecei a estudar as disciplinas introdutórias a áreas da psicologia como Psicanálise, Psicologia do Desenvolvimento, Análise do Comportamento, Psicologia Social...

A psicologia não é uma só: são várias psicologias. Cada qual com sua contribuição, com seu enfoque, sabem, com seu objeto de estudo, sua base gigantesca - e todas as ciências psicológicas se complementam. E todas possuem seu fã-clube.

Numa classe sempre tem:

  • O behaviorista radical louquinho para refutar a psicanálise e dizer que está ultrapassada;
  • O psicanalista louquinho para aceitar a peleja com o behaviorista e investigar a relação do amiguinho com os respectivos pais;
  • O neuropsicólogo modernoso que acha que só neuropsicologia é ciência e que o resto não é válido;
  • O junguiano (embora Jung não quisesse discípulos) distraído e sabichão, fora dessas rodinhas;
  • O transpessoal acendendo incenso, praticando yoga e convidando todo o mundo para meditar e ficar zen;
  • O cognitivo-comportamental analisando a sala toda como se ela fosse seu laboratório particular de pesquisa por trás de seus óculos de armação quadrada;
  • O sócio-histórico que passa a graduação engajado em defesa de minorias e lutas de classe, achando que está no curso de Ciências Sociais (Tá certo que essa área não é exclusivamente da psicologia,  mas no Brasil é).

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Para Além do Ser (Desafio #3)



Nota sobre o desafio: você termina de ler um livro maravilhoso. Então pega o próximo, na depressão pós-livro, e logo se surpreende por ele ser tão bom quanto o anterior.

E sim, estou muuuuito atrasada com os posts sobre o Desafio. :[

Bem, os dois livros anteriores, que me serviram de pontapé inicial, são clássicos - um do século XIX, e outro, do século XX; o deste post, o terceiro, é muito atual, e também especial.

Porque eu conheço a autora, e tenho uma grande afeição por ela. :3

Esse livro foi lançado no dia 30 de novembro de 2013, na Leitura do BH Shopping. O autor é Carmem Farage, psicanalista, acupuntura e autora de uma técnica que muito a tem auxiliado no mundo terapêutico.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Perder.



Eu tive que ler para a faculdade, nesses dias iniciais de aula, um poema da Elizabeth Bishop chamado "One Art". Como o grande tema da disciplina de Psicanálise I é "Luto e Melancolia", nada mais justo do que ser introduzida a esse conceito com esse fantástico poema:

One Art
(by Elizabeth Bishop)

The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Elizabeth Bishop, “One Art” from The Complete Poems 1926-1979. Copyright © 1979, 1983 by Alice Helen Methfessel. Reprinted with the permission of Farrar, Straus & Giroux, LLC.

Source: The Complete Poems 1926-1979 (Farrar, Straus and Giroux, 1983)


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O presente do indicativo


Vivemos no presente, uma linha tênue não quantificável que separa os fatos passados do futuro incerto. O que é o presente? Talvez um segundo seja a primeira representação para a qual recorremos, mas por que razão?

O que é um segundo se não for aquilo que parece se esvair em nossas mãos quando tentamos reter, como a água em seu estado líquido?

O que é um segundo para seres vivos que vivem apenas 12 horas?

O que é um segundo para reações químicas, que são tantas?

O que é um segundo para o planeta Terra, que conta bilhões de anos?

O presente é apenas o agora. Mas qual “agora”?

Não podemos contá-lo – apenas vivê-lo. Podemos chamar tudo o que passou de passado ou pretérito, e nomear o desconhecido como futuro e, quanto fazemos isso, permanecemos em um presente que não quantificamos.

Então, por que padecer das mazelas de viver fora de nosso tempo?